Vítima de incêndio é identificada por Papiloscopia após mais de 15 dias sem reconhecimento
No mês de março, uma vítima deu entrada no Hospital Geral de Vitória da Conquista, conduzida pelo Samu 192, ao ser resgatada de um incêndio em sua residência em uma zona rural do município. O homem, com um quadro sério devido ao corpo estar parcialmente carbonizado, não resistiu e faleceu duas semanas depois da chegada à instituição médica. Acontece que não havia documentação ou informações suficientes para localização de familiares do corpo. Neste momento, a Papiloscopia foi a ciência recorrida para buscar o reconhecimento da identidade da vítima.
Os Peritos Matheus Tigre e Kleber Costa, lotados na Coordenadoria Regional de Polícia Técnica de Vitória da Conquista, atenderam à requisição para coleta das impressões digitais e proceder a uma possível identificação papiloscópica em seguida. Os especialistas, que encontraram certa dificuldade para a coleta devido ao estado de carbonização que o corpo se encontrava, obtiveram uma melhor qualidade com o tratamento de uma das poucas impressões visíveis, relativa ao polegar esquerdo. Foram necessárias limpeza profunda, hidratação da derme e utilização de tinta adequada para procederem à revelação papiloscópica.
Após essa etapa do exame, a equipe partiu para busca de uma peça padrão, uma ficha de dados no Sistema Automatizado de Identificação Biométrica (ABIS) que contivesse a impressão digital coincidente com a levantada na vítima hospitalizada. O trabalho dos Peritos resultou na identificação do homem, que passou mais de 15 dias sem ser reconhecido e sendo buscado, com muita angústia, por sua família durante este período.
A identificação do homem não apenas trouxe resposta a um caso trágico, mas, também, destacou a importância das técnicas da Perícia Papiloscópica e da utilização de tecnologia avançada na elucidação de casos complexos.