Peritos Técnicos iniciam identificação de cadáver em decomposição encontrado em Barrolândia.
Os Peritos Técnicos, Adriano Marinho e Paulo Carvalho iniciaram os procedimentos periciais com o objetivo de identificar o corpo encontrado em Barrolândia. A metodologia empregada neste procedimento é a necropapiloscopia, que consiste em identificar cadáveres a partir das papilas dérmicas, onde são encontradas as impressões digitais. A coleta das impressões digitais da pessoa falecida é feita e comparada com algum documento trazido por familiares podendo ser a carteira de identidade, carteira de trabalho ou algum outro que tenha o registro da digital da pessoa. Não havendo o documento para o confronto prévio, a ficha datiloscópica arquivada no Instituto Pedro Mello é solicitada. Aqui na Bahia essa impressões digitais são confrontas, em sua maioria, no banco de dados do Sistema de Identificação por Impressões Digitais Automatizado da Bahia (SIIDA-BA) com tecnologia AFIS (Automated Fingerprint Identification System) integrado ao Sistema AFIS Nacional do Departamento de Polícia Federal (DPF) para a realização do seu serviço.
As técnicas empregadas variam de acordo com o estado em que o corpo se encontra. Em casos de vítimas em avançado estágio de decomposição, as etapas do trabalho podem ser prolongadas, a depender do tempo necessário, para a manipulação de reagentes químicos utilizados no processo – variando de uma a 72 horas. No procedimento em questão a técnica utilizada é a remoção e calçamento da luva epidérmica para uma posterior coleta do datilograma para que seja confrontado com o banco do SIIDA ou desaparecidos procurados por parentes recentemente ou sob suspeição de convergência de identidade.
Para o Perito Técnico Adriano Marinho, a papiloscopia é a ciência de identificação mais utilizada no planeta, mais barata que o DNA , garantindo uma resposta rápida pra sociedade sem onerar o estado. Nesse caso específico foi feita a retirada da luva cadavérica, a pele que recobre as mãos do cadáver. “Corta-se a pele da mão nas proximidades dos dedos, deslocando e retirando a pele, depois vestimos a pele do cadáver sobre a própria mão coberta por uma luva descartável feito isso segue para o atintamento e coleta normal”, conclui Marinho.
Já o Perito Técnico, Paulo Carvalho afirma que “a necropapiloscopia traz consigo muitos desafios, é necessário conhecer algumas técnicas e ter desenvoltura com a arte da coleta para agir com segurança e ter bons resultados. Contudo, a identificação de cadáver em condições especiais traz consigo um grande fator motivante que é dignidade humana, não apenas da vítima, mas principalmente da família. Abreviar a dor daquele que procura um ente desaparecido é sempre recompensador.”
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