Peritos identificam autoria de pegada em cena de crime
No final do mês de janeiro deste ano, a equipe da qual o Perito Técnico Túlio Pires Nascimento fazia parte foi acionada para realizar exames periciais num local alvo de um arrombamento, no município de Itambé. “Ao chegar no local, observei um vestígio latente de pegada no chão do estabelecimento. Diante disso, utilizei o pó revelador preto com pincel e, a partir do empoamento, a marca plantar ficou visível. A revelação da impressão, feita no próprio local de crime, foi capturada através de fotografia direta e conduzida de forma adequada para seguir com o trabalho de tratamento da imagem e eventual comparação”, relata o Perito Túlio, lotado na Coordenadoria Regional de Polícia Técnica de Itapetinga.
A partir da cooperação entre Polícia Técnica e Polícia Civil, o principal suspeito apontado pelas investigações foi conduzido à CRPT para coleta de material podoscópico. O perito responsável coletou o material podoscópio de ambos os pés, direito e esquerdo, e, em parceria com o colega e Perito Técnico Carlos André Gomes Silva, realizou os exames periciais de confronto. “Analisamos a impressão podoscópica do pé direito, afixada no local examinado, e constatamos que ela apresentava a mesma classificação podoscópia. Localizamos pontos característicos individualizadores coincidentes, quanto à forma, posição relativa, direção e sentido, em qualidade e quantidade suficiente para afirmativa da identidade”, detalha Túlio quanto ao resultado e ao processo realizado.
A identificação humana por meio das linhas impressas a partir do contato de tecidos papilares é uma grande aliada das ciências criminais aplicadas pela Segurança Pública. Falamos muito por aqui sobre grandes feitos a partir das comparações entre impressões digitais deixadas pelos dedos das mãos. Hoje, o caso apresentado, que envolveu impressão plantar, aquela resultante de pegadas, destaca o grande alcance da Papiloscopia e a sua contribuição para resolução de crimes de forma rápida e segura.
